O QUE TE FAZ COUNTRY, LUKE?

Oi pessoal! Como vocês estão?

Desculpem pela demora...

Trago à vocês mais uma resenha musical.

Divirtam-se! :)


Luke Bryan

Meu gosto musical sempre fora bastante específico. Quando mais nova, fui grande apreciadora da Pop Music norte-americana. No decorrer de minha adolescência, surpreendi a mim mesma quando me aventurei no universo do Rock. Ao ingressar na faculdade, essa singularidade continuou em voga. Inclusive, aos dezenove anos de idade, no ano de 2012, tive a oportunidade de assistir a shows de grandes bandas, tais como a extinta Los Hermanos, em sua inesquecível turnê em comemoração aos quinze anos de grupo, bem como Linkin Park, que retornava ao território brasileiro após quase dez anos desde o última apresentação aqui promovida. Na seara do Rock, já escutei inúmeros subgêneros: Pop Punk, Screamo, Post-Hardcore... Dos últimos cinco anos até a presente época, tornei-me adepta às bandas atreladas ao movimento Brit Pop e aquelas que se autointitulam - ou o mercado fonográfico o faz - como bandas de Alternative Rock / Indie Rock.

A verdade é que após certo tempo, não só aqueles que o rodeiam, mas especialmente você, passam a não mais estar tão preocupados com rótulos musicais - e de outras distintas naturezas também... Vejam: é diferente de gostar de todos os gêneros musicais existentes... Trata-se, primordialmente, de se fazer aberto a outras experiências e sentimentos que a música pode vir a nos proporcionar. E quando permitimos isto acontecer, é algo lindo.

Nesta oportunidade, decidi aventurar-me pela atmosfera da Country Music.

Recentemente tenho acompanhado os episódios da nova temporada - décima sexta - do programa televisivo American Idol. Não venho por intermédio do presente discorrer suscitar reflexões acerca da verdadeira funcionalidade de competições deste gênero em tempos atuais, tendo em vista que o ciberespaço, por si só, é capaz de lançar novos artistas a cada like ou compartilhamento de informação - e isto, é inegável.

Na realidade, a partir do referido programa, conheci o incrível cantor de Country Music norte-americano Luke Bryan. Os demais jurados, Lionel Ritchie e Katy Perry, já eram meus conhecidos - Katy ainda mais, haja vista conhecê-la desde seus primórdios na indústria musical, em meados do ano de 2008, aos meus dezesseis anos de idade.

Natural de Leesburg, Estado da Geórgia, Luke Bryan dera início à sua carreira no ano de 2007, ao lançar seu primeiro álbum de estúdio. Com o passar dos anos e após seis álbums e EP's oriundos de turnês especiais, Bryan colecionou considerável arsenal de hits, dentre eles All My Friends Say, Rain Is A Good Thing, Country Girl (Shake It For Me), Roller Coaster e Move, apenas para mencionar alguns. Acreditem, a lista é extensa. Cabe destacar que Bryan é considerado um dos precursores do denominado Bro-Country. E este é o momento no qual você se questiona como ainda não havia sido apresentado à música deste simpático rapaz...
 
O que acontece é que em território brasileiro a Country Music não possui significativo número de fãs e, por conseguinte, não há espaço nas mídias de fácil acesso à massa, tais como televisão e rádio, para a divulgação de artistas norte-americanos vinculados ao gênero musical em questão. Parcialmente, pois o Sertanejo - e seus inúmeros desdobramentos - consegue preencher tal lacuna. Também podemos atribuir o desconhecimento da Country Music no Brasil ao fato de se tratar de música típica do interior dos Estados Unidos. Por isto, muitas vezes, os elementos que a constituem, entre instrumentalização e composições, não dialogam com nossos valores culturais.

Evidentemente, nomes atinentes à esta querela musical serão facilmente lembrados por alguns, como Tim McGraw ou Reba McEntire. Dos empreendimentos musicais atuais e pouco mais populares em nosso país, aqui nos recordamos de Carrie Underwood - vencedora da quarta edição de American Idol - e Taylor Swift - que no início de sua carreira debruçou-se, de fato, nas possibilidades que a Country Music poderia lhe ofertar.

Aliás, muito semelhante à dinâmica de movimento realizada por Swift, Luke Bryan também se enveredara por outras vertentes musicais, extrapolando as fronteiras outrora impostas à Country Music, já que desde o ano de 2015, com o álbum Kill The Lights, demonstrara interesse em perscrutar outros caminhos possibilitados pela indústria musical. Apesar de seus últimos dois álbuns serem categorizados como pertencentes ao domínio da Country Music e por mais que aqui enunciemos leigamente nossos posicionamentos tangentes ao campo do saber musical, torna-se claro, a partir da audição de seus recentes trabalhos, que o cantor não mais se faz estritamente adepto ao gênero que o lançou ao estrelato.

Não há problemas em tentar se arriscar em outros espaços de atuação musical. Isto, inclusive, acontecera com as bandas trazidas em posts anteriores. A questão que nos auxilia a pensar acerca de circunstâncias como essa diz respeito ao fato de que ainda sim artistas como Luke Bryan são mundialmente conhecidos e difundidos como representantes da Country Music, pois consolidaram-se originalmente neste campo de atuação. À exemplo, o mesmo ocorre com o trio Lady Antebellum, cujos álbuns Golden (2013) e 747 (2014) já alertavam seus fãs quanto ao possível abandono das origens country.

Indago-lhes: seria a crítica musical demasiada exigente ou somos nós, ouvintes, que ainda não conseguimos perceber a heterogeneidade assumida pelo campo musical?

Devaneios à parte, vamos à nossa ficha técnica. Luke Bryan possui seis álbuns de estúdio lançados em aproximadamente dez anos de carreira, todos pela Capitol Nashville.

- I'll Stay Me (2007);
- Doin' My Thing (2009);
- Tailgates & Tanlines (2011);
- Crash My Party (2013);
- Kill The Lights (2015);
- What Makes You Country (2017).

Apresento a vocês, no presente post, parecer relativo ao último álbum do cantor, intitulado What Makes You Country, cujo lançamento ocorrera do final do ano de 2017 e traz, majoritariamente, canções pop e tentativas de retorno à Country Music.

- What Makes You Country: Faixa-título, constitui-se como ótimo começo para o álbum. Melodia bem trabalhada e vocais country impecáveis. Ao ouvi-la, pensamos: "você jamais deveria ter abandonado a Country Music. Não há como negar suas origens, Sr. Bryan!".

- Out Of Nowhere Girl: Outra canção digna de audição. Não somente a forte presença do banjo na melodia a faz country. A harmonia dos instrumentos e a maneira como Luke a conduz fazem com que sejamos instantaneamente transportados à atmosfera do gênero musical acerca do qual aqui refletimos. Extremamente envolvente, à la John Mayer.

- Light It Up: O primeiro single do álbum possui evidentes influências da Pop Music, especialmente tratando-se de seu refrão - chiclete, como as rádios idolatram. O vídeo clipe, produzido e disponibilizado na web próximo ao término do ano anterior, já possui pouco mais de sete milhões de visualizações. Claramente não é a melhor canção do Sr. Bryan em todos estes anos de carreira - e o pior, no álbum aqui resenhado -, mas devemos confessar: uma vez ouvida, nosso sistema cerebral se infecta. "Yeah baby, light it up!".

-
The Most People Are Good: Assim como a faixa-título, The Most People Are Good demonstra mais uma tentativa de retorno à Country Music. É o segundo single do álbum e segue o estilo "bom homem de família" - rótulo o qual o cantor de fato sustenta, já que é casado há quase doze anos com sua esposa, Caroline, junto da qual possui dois filhos e cuida dos três sobrinhos, filhos dos irmãos que morreram em um trágico acidente automotivo. Além disto, a família é extremamente envolvida em causas de cunho social... Mas remetendo-nos à canção em análise, talvez podemos compará-la, a nível de melodia e composição, à Huntin', Fishin' And Lovin' Everyday, single de extremo sucesso, original do álbum Kill The Lights (2015), e cujo vídeo clipe conta com mais de cem milhões de visualizações - grande feito para um artista country da contemporaneidade. Sim, a maioria das pessoas é boa, até mesmo as grandes estrelas da Country Music norte-americana...

- Sunrise, Sunburn, Sunset: Uma boa balada dançante, mas facilmente esquecível.

- Bad Lovers: Esta canção nos reporta ao single Strip It Down, também pertencente ao álbum anterior. Por sua melodia agradável, poderia ser elencada como um dos próximos singles de What Makes You Country.

- Driking Again: Ao estilo country, Luke nos presenteia com uma faixa claramente inspirada nos melhores anos do início de sua carreira. Country neutro, sem batidas pop ou elementos eletrônicos, é o que Driking Again nos oferta. Consigo imaginar uma coreografia dançante e inevitavelmente animada, com direito a botas, chapéus e camisas xadrez, todos os dançarinos reunidos em um grande celeiro de fazenda. Sonhar é possível, meus caros.

- Land Of A Million Songs: Mais uma faixa para entrar no rol das favoritas. Música perfeita para uma viagem de carro com uma paisagem digna de registro fotográfico.

- Like You Say You Do: Vocal pop e doce. Uma linda balada dançante! Impossível permanecer parado ao som desta canção... O solo de guitarra na ponte entre seu meio e término é o elemento surpresa. Recordei-me, novamente, de John Mayer.

- Hooked On It: Boa faixa. Animada. Solos de guitarra mais uma vez protagonizam. Acredito que o Sr. Bryan está mais para Country Rock do que qualquer outra coisa. Este subgênero existe? Bom, caso a resposta seja negativa, não importa. Saiamos da caixinha, por favor!

- She's A Hot One: A canção possui levada ritmada e fortemente demarcada pela bateria. Seria esta outra representante da Country Rock!?

- Hungover In A Hotel Room: Apesar de não creditada, a cantora e compositora de Country Music Emily Weisband é aquela que faz dueto com o cantor no transcorrer de Hungover In A Hotel Room. É uma faixa country? Não. Trata-se de balada Pop Rock dançante, envolvente e sensual, como a melodia e a letra tão bem sugerem. Uma aposta que certamente poderá arrendar bons frutos à Luke Bryan se for escolhida como um dos singles do álbum em análise, What Makes You Country. O refrão cola - mais que chiclete.

- Pick It Up: Uma faixa bacana, mas nada memorável.

- Driving This Thing: Driving This Thing cresce nos refrões! É como se Luke nos convidasse à cantar junto. Um pop doce e dançante. "You're driving this thing tonight!".

- Win Life: Não se constitui como gran finalle, mas ainda sim é uma boa faixa e, por mais que possa parecer contraditório, deixa-nos o famoso "gostinho de quero mais".

Se for para categorizar What Makes You Country em algum específico gênero musical, digo: o mais recente álbum de Luke Bryan é um CD de Pop-Country-Rock-Que-Só-Luke-Bryan-Sabe-Fazer-E-Nem-Mesmo-Ele-Se-Dá-Conta-Disto. Então, porquê se incomodar? <3

Sugiro que escutem outros trabalhos do cantor. Difícil não é classificar a produção musical de Bryan. Pelo contrário: improvável é não se apaixonar por sua música, sua família e a maneira por meio da qual conduz sua vida. Simples, bem como a Country Music deve ser.

Procurem por "Luke Bryan" e o sigam em suas redes sociais.

Espero que gostem deste post!

Aguardo os comentários e as sugestões.

Até a próxima! :)



Jennifer.

Comentários

  1. O melhor cd do Luke é Tailgates & Tanlines <3 <3 <3

    Faz uma crítica do cd novo do Jason Aldean "Review Town"

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    Respostas
    1. Oi Weslley! :)

      Siiiim! Tailgates & Tanlines está no meu coração. <3

      Pode deixar! Já vou anotar aqui!

      Obrigada pelo comentário!

      Abraços,

      Jennifer.

      Excluir

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